O Aeroporto de Congonhas, principal aeroporto de São Paulo, passará por uma ampla reforma em sua operação e terminal de passageiros. A concessionária Aena Brasil divulgou hoje (25) os projetos para ampliar o terminal e reformar as pistas de táxi, o que deve dobrar a capacidade do aeroporto a partir de 2028.
Os investimentos nas obras ultrapassarão R$ 2 bilhões e incluirão um novo terminal de passageiros, alterações nas pistas de táxi e implementação de saídas rápidas, entre outros.
As intervenções nas estruturas operacionais serão realizadas em fases durante a construção do novo terminal, pátios e pistas de táxi. De acordo com a Aena, a capacidade operacional não será afetada durante as obras, que devem durar quatro anos.
O projeto prevê novas pistas de táxi, demolição do atual píer de passageiros, melhorias na pista e readequação dos pátios. Após 2028, o aeroporto contará com 215.000 m² de pátio para aviação comercial, 37 posições de parada de aviões (um aumento de 30 para 37), sendo 19 em pontes de embarque e 18 remotas.
O projeto também garante que qualquer posição possa receber o Airbus A321neo, atualmente o maior avião de corredor único certificado. Além disso, haverá uma requalificação de pistas e pátios, reforço estrutural e adequação das pistas de rolagem, permitindo a operação de aviões com maior peso de decolagem.
A área de embarque e desembarque dobrará de tamanho, chegando a 105.000 metros quadrados. O projeto também inclui um novo saguão de check-in com 72 posições (expansível para 108), além de um novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento.
O hangar tombado atualmente utilizado pela Gol Linhas Aéreas será reutilizado para criar 10 portões de embarque remoto. Outros portões do terminal principal serão reversíveis, permitindo acomodar voos internacionais.
Projeção 3D do futuro terminal de passageiros prevê uso do atual hangar da Gol como área de embarque. Serão dez portões para embarque remoto, dando novo uso ao hangar tombado.
O terminal terá 19 novas pontes de embarque, substituindo as 12 em operação que serão demolidas, permitindo que 70% dos embarques sejam realizados diretamente nas aeronaves. A Aena também informou que o terminal poderá movimentar 29,5 milhões de passageiros ao ano, acima da capacidade atual de 22 milhões.
Para agilizar o processamento, o novo sistema de bagagem será mais rápido e inteligente, com até 10 carrosséis, mais que triplicando a capacidade atual. As esteiras de restituição de bagagem passarão de cinco para sete, totalizando 228 metros de extensão e maior capacidade de fluxo.