A Força Aérea Italiana (Aeronautica Militare Italiana – AMI) aposentou seus jatos de ataque AMX hoje dia 5 de abril de 2024.
Desenvolvido na década de 1980 em parceria com o Brasil, o A-11 Ghibli, como foi designado na Europa, foi projetado para missões de ataque e reconhecimento. A Força Aérea Brasileira (FAB) ainda mantém o modelo em serviço.
Cerimônia de Aposentadoria
A cerimônia de aposentadoria ocorreu na Base Aérea de Istrana, onde a última unidade a operar os AMX, o 132° Gruppo, realizou um voo de formação com um F-2000 Typhoon, um Panavia Tornado e um F-35 Lightning II. A esquadrilha de demonstração Frecce Triccolori também participou do evento.
O General Luca Goretti, Chefe do Estado-Maior da AMI, destacou a importância do AMX na história da Força Aérea Italiana. Ele afirmou que o avião “não é um simples pedaço de ferro, mas parte da família”.
Mantendo a tradição italiana, o último AMX recebeu uma pintura especial para marcar o fim de 35 anos de operação. O esquema apresenta uma cauda estilizada com a frase em latim “Volatus ad astra, memoria in aeternum”, que significa “Voando para as estrelas, lembrado para sempre”.
Sucessores do AMX
Os AMX serão substituídos pelos caças multimissão Eurofighter Typhoon e F-35 Lightning II. Segundo a AMI, os últimos AMX operacionais serão transferidos para o Aeroporto de Piacenza, que abrigará o futuro museu aeroespacial do país.
AMX na Força Aérea Brasileira
Apesar da aposentadoria na Itália, o A-1 AMX continua em atividade na FAB. Os jatos foram modernizados no início dos anos 2000, e atualmente são usados para ataque e reconhecimento tático na Base Aérea de Santa Maria. A baixa dos AMX brasileiros está prevista para ocorrer entre 2025 e 2028.